Notícia Cinco Quinas: Alunos da Escola do Sabugal debatem questões políticas em debate radiofónico

Iniciativa resultou de parceria entre a TSF e o Ministério da Educação

No âmbito de uma parceria entre a TSF e o Ministério da Educação, cerca de 40 alunos das turmas do 10ºB, 11º B e 12ª B, do curso de Línguas e Humanidades, do Agrupamento de Escolas do Sabugal, tiveram a oportunidade de participar num debate radiofónico, onde o tema central foi “Democracia, para que te quero?”.
A Escola do Sabugal foi uma das seleccionadas a nível nacional e no debate estiveram o jornalista da TSF, Fernando Tavares; o moderador, João Sequeira, docente da Universidade Católica; Susana Tavares, que está ligada à Direcção Geral da Educação e a vice-presidente da Câmara do Sabugal, Sílvia Nabais.
A iniciativa, que já vai na 2ª edição, pretende colocar os jovens a debaterem questões políticas e aos alunos do Sabugal coube o tema das eleições.
O docente, João Dias, foi quem preparou os alunos para este “desafio”, que passou na rádio. «Era importante que os alunos tivessem alguns conteúdos e houve um tempo de preparação. Dividi os alunos em grupos e os porta-vozes foram os que deram a cara pelo grupo e participaram no debate e os alunos da plateia também podiam fazer intervenções», frisou.
Foram abordados temas como as eleições em Portugal: legislativas, presidenciais, europeias, legislativas regionais e autárquicas e também se antecipou o próximo ato eleitoral marcado para o dia 10 de Março do próximo ano. Outro tema foi a questão dos círculos eleitorais e, em especial, o círculo eleitoral da Guarda, que elege 3 deputados.
João Dias acrescentou que «os alunos começaram a gostar porque têm quase 18 anos e está a aproximar-se a altura de irem votar e com este debate até ficaram enriquecidos e mais preparados. A intenção do debate também passava por cativar os alunos. A maior taxa de abstenção está no grupo de eleitores entre os 18 e os 35 anos e, se um jovem começar a votar aos 18 anos, possivelmente irá votar sempre ou quase sempre. Se se abstiver na primeira vez, pode acontecer o contrário».
O docente da Escola do Sabugal entende que «era importante incentivar os alunos para este tema porque há uma crise de militância, as “jotas” dos partidos têm cada vez menos jovens e os sindicatos vivem do mesmo problema. Os jovens de hoje olham para a democracia como um dado adquirido e estão a perder-se alguns valores e a juventude atual tem de ser mais ativa». «Quando preparámos o debate, na sala de aula, os alunos perceberam que é importante haver partidos políticos e é importante ir votar, seja no partido A, B ou C, mas aqui no interior apenas dois partidos é que elegem deputados e esse tema também foi abordado no debate», adiantou.
Apesar dos atos eleitorais dos estudantes (delegado de turma ou eleições para associação de estudantes) poderem despertar o interesse de alguns alunos, João Dias considerou que «é notório que os mais novos olham para a política com algum descrédito. Estão afastados, os próprios partidos também estão envelhecidos, há uma crise de militância e depois há aquela questão familiar: Se o pai foi sindicalista, o filho pode ter tendência a ser, se o pai foi militante de um partido, pode haver essa motivação por parte do filho».

Alunos vão estar presentes em reuniões de câmara e assembleias municipais
No seguimento do Plano Anual de Atividades da Escola, onde existe uma parceria com a Câmara Municipal do Sabugal, há já uma atividade preparada para os próximos meses, que passa pela presença de alunos nas reuniões do executivo e na Assembleia Municipal. João Dias explicou que «o objetivo é que os alunos percebam a importância e o  funcionamento  destes dois órgãos e como decorrem as reuniões». O docente acrescentou ainda que «não há datas para o arranque desta atividade mas vai ser ao longo ano letivo».

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