“Sabugal era um local onde cresciam sabugos e sabugueiros, perto de um curso de água e, como topónimo, já no século XI se identificava pela forma de sawugal. Mas, na sua evolução semântica, já em 1275 podemos encontrar a palavra “Sabugal” em escritos da época, ficando a partir daí o nome próprio de uma localidade que nasceu junto ao Rio Côa. Segundo os historiadores, o nascimento da Vila data de 1220, por fundação atribuída a Afonso X Rei de Leão, sendo aceitável a tese de que antes mesmo desta fundação existiria um povoado naturalmente indígena, no local, que serviu de base ao nascimento oficial da Vila.” (Pré diagnóstico do Concelho do Sabugal, fevereiro de 2005).

O concelho do Sabugal localiza-se na zona centro do país, na região da Beira Interior Norte, sendo um dos catorze concelhos que integram o distrito da Guarda.

 

Com uma área de 823,1Km2, é composto por 40 freguesias e 102 povoações, tendo uma população estimada de cerca de doze mil quinhentos e quarenta e quatro habitantes, dispersos por todo o concelho, o que nos dá uma taxa de densidade populacional cerca de dez vezes mais baixa que a média nacional, fruto do decréscimo populacional acentuado, que desde 1970 já se situa em valores próximos dos 38%.

Este é um concelho eminentemente rural, onde sempre existiram surtos migratórios, numa primeira fase para os países do centro da Europa e mais recentemente para as zonas do litoral.

Os seus recursos económicos mais importantes são a agricultura de subsistência, a pecuária e também a pastorícia associada à produção de queijo e também de enchidos. No entanto estas atividades, pelo facto de serem cada vez menos rentáveis, estão a perder a representatividade para o setor secundário na economia do município, existindo alguns pólos industriais associados ao têxtil, lacticínios, mobiliário, panificação, salsicharia e enchidos.

No setor do Turismo importa salientar uma aposta crescente na inventariação, preservação e divulgação do património natural e edificado das diversas freguesias, bem como de usos e costumes ancestrais.

A mão de obra do concelho, na sua grande maioria, é não qualificada, sendo que os indivíduos do sexo masculino têm ainda alguma ocupação na construção civil, enquanto os indivíduos do sexo feminino hoje se empregam essencialmente nos investimentos de proximidade que foram feitos por todo o concelho, nomeadamente lares e centros de dia.

As festas de verão, por todas as localidades do concelho, são uma forte atração para milhares de emigrantes e forasteiros que, no mês de agosto, enchem de vida as nossas aldeias envelhecidas. Ocupam lugar de destaque as capeias raianas, espetáculo único a nível mundial.

Tendo como ponto de partida este contexto e porque o Agrupamento de Escolas está inserido plenamente na realidade sócio-educativa do concelho, tentam-se dar as respostas mais adequadas à nossa realidade.